segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ecumenismo - Um desejo do Coração de Deus


Ecumenismo é o processo de busca da unidade. É a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs. Segundo o Concílio Vaticano II, o ecumenismo é fruto do Espírito Santo. É uma graça, um dom dado por Deus e, ao mesmo tempo, uma vocação, um serviço, um compromisso de todos. É o grande desejo de Jesus: "Que todos sejam um" (João 17, 11).


Para o assessor da Comissão Episcopal para o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Elias Wolff, quem é católico e não é ecumênico, está falhando com relação ao Evangelho de Jesus e desobedecendo ao magistério da Igreja e aos documentos dos papas que promovem o ecumenismo.

“Ser católico significa também ser ecumênico. Nós, enquanto cristãos, não podemos nos sentir confortáveis com a situação de separação dos cristãos. Mas precisamos esperar que, um dia, pela Graça do Espírito Santo, os cristãos do mundo inteiro possam se reconhecer, confessando a mesma fé em Jesus Cristo e no seu Reino”, afirma o padre Elias Wolff.


A BUSCA PELA UNIDADE

O papa João Paulo II sempre tomou a iniciativa de visitar e receber líderes de outras igrejas. Foi, por exemplo, ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI), promoveu diálogos inter-religiosos, com encontros em Assis e Roma, e escreveu a encíclica, 'Ut unum sint' (“Que todos sejam um”), de 1996, falando especificamente sobre o ecumenismo.

“O Papa Bento XVI dá continuidade a esse ensinamento ecumênico dos papas anteriores. Quase toda semana, Bento XVI faz um pronunciamento a favor do ecumenismo e do diálogo das religiões. Em todas as suas visitas, há sempre agendado um encontro com líderes de outras igrejas ou de outras religiões”, lembrou o padre Elias Wolff.

O CMI, criado em 1948, em Amsterdã, Holanda, congrega, hoje, cerca de 350 igrejas. É um organismo que promove o diálogo, a cooperação entre as igrejas, os projetos de evangelização e estudos sobre questões teológicas e doutrinais que buscam unir os cristãos numa só fé.

No Brasil, muitos organismos promovem o diálogo ecumênico e inter-religioso, entre eles: o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs. O CONIC, fundado em 1982, promove vários encontros, seminários de estudos, debates, convivência fraterna e é formado por seis igrejas: Católica Apostólica Romana; Cristã Reformada; Episcopal Anglicana; Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Ortodoxa Sírian do Brasil, e Presbiteriana Unida.



ECUMENISMO – UM SÉCULO DE HISTÓRIA


Desde de 1908, o presbítero anglicano, Paul Wattson, propunha uma semana de oração pela unidade dos cristãos. Essa proposta foi ganhando força e fazendo história. No hemisfério sul, a semana da Unidade dos Cristãos acontece sempre no período entre o domingo da Ascensão de Jesus e o de Pentecostes. Já no hemisfério norte, a semana acontece sempre entre os dias 18 e 25 de janeiro.

Em 1910, foi realizado o primeiro encontro de missionários, que buscavam responder à pergunta "O Cristo que nós pregamos serve mais para nos unir ou dividir?”. Esta foi a grande questão na conferência de Edimburgo, na Escócia, em 1910. Foi o marco inicial do movimento ecumênico que busca a unidade dos cristãos.


“Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (João 13, 34-35)


Fonte: www.cancaonova.com



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